Breve apresentação do gás como combustível fóssil para fins de aquecimento central

O gás, neste caso o gás natural, é formado da mesma forma que o petróleo bruto. Ambas as matérias-primas foram formadas há vários milhões de anos a partir de substâncias orgânicas e encontram-se em depósitos, alguns deles enormes. O gás natural é uma mistura de metano, azoto e outros hidrocarbonetos, como o etano, o propano e o butano. Entre outras coisas, pode ser extraído das profundezas do subsolo através de perfurações. Há apenas alguns anos, o gás natural era sobretudo queimado como subproduto da extração de petróleo. Isto não é apenas um desperdício de recursos, mas também polui o ambiente a longo prazo. Desde então, os governos dos países produtores de petróleo adoptaram leis que proíbem a queima de gás.

Uma vez que os oceanos primordiais cobriram grande parte do nosso planeta há milhões de anos, o gás natural encontra-se em quase todas as regiões do mundo. O Médio Oriente possui as maiores reservas, seguido da Europa e da Eurásia. No entanto, a lista dos países com maior volume de produção não é encabeçada pela Arábia Saudita, por exemplo, mas pelos Estados Unidos. Mas o gás também pode ser produzido a partir de fontes renováveis. O conhecido biogás é produzido a partir de biomassa, como o milho, a beterraba sacarina ou outras culturas energéticas, em instalações especialmente construídas para o efeito.

Reservas e recursos

Quando se coloca a questão de saber se o aprovisionamento de gás está garantido nos próximos anos, é necessário começar por distinguir entre reservas e recursos. As reservas referem-se a quantidades já descobertas, enquanto os recursos se referem apenas a depósitos que ainda não são economicamente exploráveis. De acordo com um relatório da companhia petrolífera britânica BP, as reservas de gás natural levarão 55,1 anos a esgotar-se completamente.

Isto partindo do princípio de que o consumo se mantém constante. A empresa tomou como base para este cálculo os números de 2014. Nesse ano, foram consumidos quase 4.000 biliões de metros cúbicos de gás em todo o mundo. Em comparação com as reservas já disponíveis, a quantidade de recursos que ainda não é cientificamente possível extrair é consideravelmente elevada. A Associação Alemã de Gás Natural, Petróleo e Geoenergia (BVEG) parte do princípio de que existe gás natural suficiente para 260 anos.

A utilização do gás tem muitas vantagens, tanto para o utilizador como para o ambiente. Graças ao seu elevado conteúdo energético, os proprietários de sistemas beneficiam de um aquecimento extremamente económico, especialmente se a caldeira utilizar a tecnologia de condensação. Mais informações sobre o que torna esta tecnologia tão especial podem ser encontradas na secção Vantagens da tecnologia de condensação a gás. Uma coisa é certa: comparado com outros combustíveis fósseis, o gás queima de forma muito limpa. Emite menos CO₂ do que o gasóleo, por exemplo, e quase não produz poluentes como óxidos de azoto ou dióxido de enxofre. Isto significa uma menor carga para o ambiente.

A indústria também está dependente deste combustível. Em particular, o gás desempenha um papel importante na produção de eletricidade. Ao contrário das centrais eléctricas convencionais, as centrais eléctricas a gás natural podem aumentar e diminuir a sua produção conforme necessário. É por isso que são frequentemente utilizadas para equilibrar os picos de carga de forma rápida e fiável. Outra vantagem é a rede de distribuição bem estabelecida.